sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

A importância da consultoria jurídica no Poder Executivo municipal

Quando falamos em gestão pública, muita gente imagina apenas prefeitos, secretários, obras, programas sociais. Mas por trás de cada decisão administrativa, existe um cuidado que nem sempre aparece nas manchetes: a atuação silenciosa — e essencial — da assessoria jurídica.

No âmbito municipal, o jurídico não é apenas o setor que “lida com leis”. É parte estratégica da administração. Ele orienta, previne riscos, garante que os atos do Executivo respeitem os princípios da legalidade, da moralidade e do interesse público. E faz isso todos os dias, muitas vezes longe dos holofotes.

A tomada de decisões no Poder Executivo envolve escolhas complexas: firmar contratos, nomear servidores, lidar com processos licitatórios, implementar políticas públicas, responder a órgãos de controle. Cada uma dessas ações exige base legal. E não apenas isso — exige interpretação jurídica alinhada à realidade da cidade, à jurisprudência e ao momento político-administrativo.

É nesse ponto que a consultoria jurídica se mostra vital. Ela não entra depois que o problema acontece — entra antes, justamente para evitar que ele ocorra. Atua como um filtro técnico, um orientador que analisa riscos e aponta os melhores caminhos dentro da legalidade. É o jurídico que ajuda a prefeitura a tomar decisões que sejam corretas, seguras e sustentáveis a longo prazo.

Além disso, a consultoria jurídica contribui para a construção de políticas públicas mais eficazes e inclusivas, auxiliando na criação de leis, decretos e portarias que tenham aderência jurídica e viabilidade prática. Em tempos de crise ou mudanças legislativas, esse apoio se torna ainda mais decisivo.

Infelizmente, em muitos municípios, essa função ainda é subvalorizada ou mal compreendida. Há quem veja a assessoria jurídica como um obstáculo, quando, na verdade, ela é uma aliada — que permite agir com segurança, reduzir passivos, proteger a imagem institucional e, acima de tudo, garantir que o interesse público não seja atropelado pela pressa ou pela pressão.

Conclusão

O consultor jurídico no Poder Executivo municipal não é apenas alguém que conhece a lei. É alguém que protege a administração contra erros que podem custar caro — em dinheiro, em credibilidade e, muitas vezes, em vidas.

Sua função é estratégica. Seu trabalho é silencioso, mas essencial.

A boa gestão pública começa com boas decisões. E boas decisões se constroem com base, com prudência, com legalidade. Onde há uma assessoria jurídica atuante, há mais segurança, mais transparência e mais responsabilidade.

Em tempos de cobrança social por integridade e eficiência, ter uma consultoria jurídica forte é mais do que uma exigência técnica — é um compromisso ético com a cidade.

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