terça-feira, 8 de abril de 2025

Comunicação de crise: como lidar com erros públicos sem destruir reputações

Todo gestor, figura pública ou instituição está sujeito a falhas. Pode ser um erro de decisão, uma fala mal colocada, um serviço mal prestado ou até uma situação fora do controle. O problema não é apenas errar — é não saber como reagir quando o erro vem à tona. E é aí que entra a comunicação de crise.

Em tempos de redes sociais e informação em tempo real, tudo repercute com velocidade. O que poderia ser resolvido com um pedido de desculpas sincero e uma correção rápida, pode virar um escândalo se a resposta for arrogante, confusa ou ausente.

A primeira regra da comunicação de crise é: não se esconder. O silêncio, em momentos delicados, costuma ser interpretado como culpa ou desprezo. O cidadão espera uma postura de responsabilidade, não de negação. Por isso, reconhecer o problema — com equilíbrio, sem alarmismo — é o primeiro passo para recuperar a confiança.

A segunda regra é ser transparente. Isso não significa expor tudo de forma impulsiva, mas sim informar com clareza o que aconteceu, o que está sendo feito para corrigir e quais serão os próximos passos. A transparência evita ruídos e reduz a desconfiança.

E, por fim, é essencial ter empatia. Comunicação pública não é técnica fria — é relação com pessoas. Saber escutar, pedir desculpas quando for necessário, e demonstrar que se está disposto a reparar o dano, é o que diferencia uma crise bem conduzida de um desastre.

Conclusão

Toda crise é também uma oportunidade: de mostrar maturidade, compromisso com o interesse público e capacidade de liderar mesmo sob pressão. Quem entende isso se fortalece, não apenas como gestor, mas como exemplo de ética e responsabilidade.

Porque no fim das contas, não é o erro que destrói a reputação — é a maneira como se lida com ele.

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