sexta-feira, 7 de março de 2025

População ouvida, problema resolvido: o valor da participação popular

É comum ouvirmos que “o poder emana do povo”. Mas, na prática, isso só se concretiza quando o povo participa de verdade — não apenas votando a cada dois anos, mas sendo ouvido, considerado e respeitado nas decisões do dia a dia.

A participação popular não é um favor que o governo faz ao cidadão. É um direito previsto na Constituição. Mais do que isso, é uma ferramenta poderosa para transformar realidades, corrigir rumos e criar políticas públicas que realmente funcionam.

Quando a população é ouvida — seja em audiências públicas, conselhos municipais, abaixo-assinados ou consultas populares — as decisões se tornam mais conectadas com a vida real. Quem mora na cidade conhece os problemas com mais profundidade do que qualquer gestor em gabinete. Ouvir a comunidade antes de tomar decisões importantes evita erros, economiza recursos e gera soluções mais eficazes.

Pense em um exemplo simples: a construção de uma praça. Quando feita sem diálogo com os moradores, pode virar um espaço vazio, mal utilizado ou mal localizado. Mas, quando nasce da escuta da vizinhança, pode se transformar em ponto de convivência, lazer e segurança. A diferença está na escuta.

Participar também é uma forma de fiscalização. É o cidadão atento que percebe o que está sendo feito — ou deixado de fazer. E é esse olhar que fortalece a democracia, combate desperdícios e dá sentido à palavra "representante".

Mas para que a participação aconteça de verdade, é preciso também que o poder público esteja aberto. Criar canais reais de escuta, acolher sugestões com seriedade e devolver respostas concretas. Não basta ouvir por ouvir — é preciso agir a partir do que se ouve.

Conclusão

Quando o cidadão participa e é levado a sério, a política muda de lugar. Deixa de ser distante, técnica e inacessível — e passa a ser vivida, compartilhada e mais justa.

Porque no fim das contas, nenhuma decisão pública é realmente eficaz se não nasce do diálogo com quem mais entende da cidade: quem vive nela todos os dias.

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