A gente ouve isso o tempo todo: “O Brasil é uma república federativa”. Mas o que isso quer dizer, na prática? Será que sabemos mesmo o que significa viver em uma república? Ou será que esse é apenas mais um termo que aprendemos na escola e depois deixamos de lado, sem entender como ele molda nossa vida cotidiana?
Ser uma república significa, antes de tudo, ter o povo como base do poder. Em vez de um rei ou imperador com autoridade hereditária, como nas monarquias, uma república se organiza com base em princípios como a soberania popular, eleições periódicas, separação dos poderes e responsabilidade dos governantes. Isso quer dizer que ninguém está acima da lei, e que quem exerce um cargo público o faz em nome da sociedade — e pode (e deve) ser cobrado por isso.
Na teoria, parece simples. Mas na prática, muita gente se esquece de que republicanismo não é só uma estrutura de governo — é uma cultura política. E como toda cultura, precisa ser ensinada, exercida e preservada.
Quando o cidadão se abstém de participar da vida pública, de entender seus direitos, de cobrar seus representantes ou de discutir ideias com responsabilidade, essa república enfraquece. Quando a política vira só “assunto dos outros”, perdemos a essência daquilo que nos dá voz.
A república também se baseia em algo chamado res pública — ou seja, “coisa pública”. Isso quer dizer que o bem público não pertence ao governante, mas à coletividade. Uma escola pública, uma praça, um hospital, o orçamento da cidade — tudo isso é patrimônio do povo. E deve ser cuidado, fiscalizado e utilizado com responsabilidade por todos.
É por isso que a educação política e cívica é tão importante. Porque quando entendemos que somos parte ativa de uma república, deixamos de ser espectadores e passamos a ser protagonistas.
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